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Perdi a ternura faz três dias hoje
Os homens ao lado não entenderam o riso
Fiquei quieta e plantei onze gritos
Para arrancar com as mãos do retrato
O espelho fosco erguido em teu nome
Saí com o circo para despistar as luzes
Aprendi a voar e engomar meus vestidos
Só para andar nua, às gargalhadas
Sem rosto, sem pele, sem nada
A não ser flores e esperanças
E essa crença na dureza do amor
Meu único senhor, minha única casa
terça-feira, 19 de abril de 2011
terça-feira, 5 de abril de 2011
Bichos do mato
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Era o mesmo homem
Não sentia sede nem fome
Era o mesmo alimento
Azul a cor do seu nome
Devorado a cada tormento
Era a mesma crença
As belezas que sempre estão
Os feios que não se calam
Na alma sem diferença
Os olhos dos que se dão
Espelhos dos que não falam
Era a mesma insanidade
Na delicadeza a saciedade
Nas mãos toda a eternidade
De amar tudo a cada hoje
Por não respirar amanhãs
Era o mesmo homem
Não sentia sede nem fome
Era o mesmo alimento
Azul a cor do seu nome
Devorado a cada tormento
Era a mesma crença
As belezas que sempre estão
Os feios que não se calam
Na alma sem diferença
Os olhos dos que se dão
Espelhos dos que não falam
Era a mesma insanidade
Na delicadeza a saciedade
Nas mãos toda a eternidade
De amar tudo a cada hoje
Por não respirar amanhãs
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