segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Expiração
Hoje as asas em meu peito
Batem ainda mais dentro
Desejo o silêncio
Quero trepar com ele
Me lambuzar em seu sal
Arder cicatrizes
Ouço vozes
A natureza
Desavesso
O vazio que vemos
Nem é real
Ecoa a vida
Levamos corais nos seios
E em si o sol dos vôos
Tristes?
Felizes?
O mesmo número de letras
Não sós, todos juntos
Os eus do mundo
Pássaro torto
Feio e flor
Vida e vida
Tudo mais
Dois com infinito
Noves fora nada
Luz e escuro
Sol e muro
Céu e outro
E eu, e tu
A gente
O que é plural singular sendo
Silêncio é música ou grito?
O invisível não mente
Diz
E pronto
Que dádiva meu Deus!
Danço com o vento
Como quem traz poesia
Com rima ou sem rima
Ouço os segredos do tempo
Dou a voz que nem tenho
Pela nossa alforria
Mordendo o dia
Lambendo o gozo em nossos pés
Beijando a terra em nossos lábios
Parindo estribilhos
Nesse mesmo ventre
Onde cantam nossos filhos
Hoje as asas em meu peito
Batem ainda mais dentro
De ti
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Teu poema me inspirou outro poema. Confere: palavraspontes.blogspot.com
Postar um comentário