terça-feira, 7 de agosto de 2012

agosto dos ventos

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por hoje dispenso
o cansaço a pensar
na existência de Deus

entre o bem e o mal
há sempre poços de mel
nos corpos de um jardim

às vezes, tudo é um sopro
às vezes, um sopro me basta

2 comentários:

Magna Santos disse...

"Às vezes, tudo é um sopro
Às vezes, um sopro me basta"

Que lindo, Silvinha! Lindo demais!!
Então, sigamos 'ao gosto dos ventos'.
Beijo.
Magna

Acabei me lembrando do velho Quintana:

SE EU FOSSE UM PADRE

Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,
não falaria em Deus nem no Pecado
— muito menos no Anjo Rebelado
e os encantos das suas seduções,

não citaria santos e profetas:
nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,

Rezaria seus versos, os mais belos,
desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!

Porque a poesia purifica a alma
...e um belo poema — ainda que de Deus se aparte —
um belo poema sempre leva a Deus!

Anônimo disse...

Sim, sim...
barba