sábado, 2 de agosto de 2014

quando se morre o corpo inteiro fecha os olhos?


onde apenas nós, os vivos?
onde apenas eles, os mortos?

as unhas e os pelos
são irmãos do tempo?

crescem entre espíritos por luxúria?
quanta terra se enterra
a descobrir silêncios?

corpo,
celebro a vida em teu nome!
e a vida, dança...

os ossos,
sem a querência do fogo
sobram ou ficam?


a memória dos ossos se ajoelha
diante de qualquer fogueira...

morte,
celebro a vida em teu nome!
nua, sou tua!

e a vida, dança...

Nenhum comentário: