terça-feira, 17 de novembro de 2015

canto ao guerreiro em meu cheiro de cravo

até fomos amigos
filhos e encantos

crianças desprovidas de vestes
desvestidas de máscaras
amantes sem amanhã

até caminhamos de mãos dadas
nos olhamos por dentro
expulsamos escuros refazendo mapas

até retecemos a luz
entre os corpos suados
sem vontade de ir

guerreiros em paz
a salvar um mundo

na memória das mãos
o amor é tão nosso
que nem carece de nome

sagrado em ter nascido
sem querência nem fome
de sua própria geografia

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