sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Para(á) no corpo

(para Thales, hoje)

a infinitude das margens
parindo um milagre todo novo
abrindo uma beleza inaugural
da violência divina em meus olhos

vastidões de transbordamentos
no giro incansável do corpo
pele, músculos, sangue, ossos
memórias, pulsos e acasos

ajoelho, rio e choro
por tudo que amanhece aqui
entre ocasos e esperas

na voz de uma imagem sem antes
invocando lonjuras amazônicas
de águas doces em mim

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