cantai
por mim
oh
coração em desespero
para
que eu encontre o perdão
em
minha sensibilidade morta
devo
muito aos que não amo
e é
por eles que choro, ainda
era
eu o animal
abatido
em ritual
a
lavar teus pesadelos
era
meu o sangue oferecido
escorrendo
em teus cabelos
manchando
as pedras da calçada
o
corpo, o chão, era eu...
também
sou da falange dos outros
e
danço com todos eles
acostumei
desde cedo
à
voz rude do inferno
Jesus!
não
te posso dar
toda
a fé dos meus pés
(não
suportaríamos tanta luz)
cantai
por mim
oh
coração em desespero
para
que eu encontre o perdão
em minha
sensibilidade morta
Um comentário:
Que lindo, Silvinha!
Beijo
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