terça-feira, 20 de novembro de 2007

Pérolas cicatrizadas


O nácar em minhas vísceras devora pedras
Talvez por isso exista o riso ainda em mim
Das feridas em cicatriz as ostras não geram pérolas?
Quando não, sobra o escarro para limpar o peito
Esse cheiro de barro cru? Vem da terra que me pariu
O sangue no caminho? Dói em mim, mas não é todo meu
Tenho cinco fígados e oito corações e dou de comer
Aos cães que sobraram depois do fim do mundo
Quer um pouco? Ou prefere o tesouro escondido?
Farei um colar de risos para enfeitar teus tornozelos

Assim ao caminhar verás o mar e não as ostras

Um comentário:

Anônimo disse...

meu Deus!