segunda-feira, 30 de março de 2009

Hoje


Hoje teu sorriso trêmulo
Enlaçado à criança devorada
Na fome antepassada do teu sangue

Jogou-se em meus braços
E morri contigo
Infantilmente casta de amor

Agora tuas mãos espelham meus lábios
Teus pais se recolheram ao leito
Minha boca se espalha em teus dedos

Imensa, mas sem dentes
Para que a eternidade não se apavore
Por hoje termos nascido juntos

Um comentário:

Conrado Falbo disse...

achei-te de novo! agora não "perdo" mais!

bjos