sábado, 3 de setembro de 2011

Uma solidão

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Ecoavam nos ventos do inverno
Balanço de cordas entre galhos secos
Os risos distantes dos meninos da rua
Voz preferida de qualquer infância

Na paz, silêncio do tempo,
Brincando o universo por dentro
Um corpo sob a alma jaz
Asmático e feliz

Pequeno como os outros
Dias fresta, outros janela
Dias palavras, maçãs, cores, sequelas,
Outros deuses, xamãs, poetas e vários bichos...

Quanta doçura cabe nas flores mortas?

Um comentário:

Magna Santos disse...

Ah, Silvinha, eu não sei quanta doçura cabe. Nem sei se doçura se contém em algo. Talvez por isto ela transcenda qualquer lógica, qualquer lugar...um sorriso desdentado, uma orelha ferida por mil vozes indiferentes.
O que sei é que os olhos de quem vê faz uma diferença guerreira.
Isto tu tens.
Beijão.
Magna