sexta-feira, 10 de março de 2017

minha humanidade possível

sou da falange dos fracos
loucos do sentir

enquanto grito e resvala
o sangue na pele, ainda

olho as minhas garras
meus dentes que pingam

invoco deuses estranhos
duvido de todos eles

calo
sacio as mãos no vento

evoco deusas sombrias
me abismo
e lembro de nós

sangue endurecido
cheira a ferro e cicatriz
enquanto ninguém morreu

...

ouço as solas dos pés
corro solta na água

o som dos cascos ecoa
caio

sou da falange dos fortes, também
e mordo porque acredito no amor

Nenhum comentário: