Anjo torto
Tantos corpos pelo chão
Tantos mortos nessas mãos
Tantos anjos cor de terra
Tantas bruxas e Vênus
Todas a mesma cara
Do espelho extirpada
A sangue, a ferro, a fogo
Diabos do mesmo ventre
Sereias da mesma água
Monstros da mesma casa
Cacos, recortes, pedaços
Nada sobra, nada fica intacto
entre os dentes do assassino
E ele voa, e ele dança, e ele voa!
Toda queda salva o louco
Arrebentado, costurado a cru no olho nu
Onde se esmera o sal do corpo
E o anjo torto
Na sede de regar as asas
Trepa a vida e vira o céu
Porque não é pouco lutar contra si mesmo e sair vitorioso
2 comentários:
Belooo!!! Não é pouco mesmo, Sil.
Bjosss.
Não é pouco, não é fácil... contra si mesmo é foda de verdade, Silvinha.
Bjs, linda!
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