O espelho
Vi castanhos exaustos naquele espelho
Vazios dilatados por tantos ontens
que não cabiam no banheiro
nem na casa inteira, nem no mundo
Nadavam em si mesmos mergulhados
e se pintavam de silêncios
De tão cansados os lábios gritavam tãomente risos
enquanto o suor dos tristes, sal vivente nos olhos,
fecundava a terra seca do caminho
Vi folhas enfastiadas de carregar orvalhos
renascerem em danças derramadas pelo carinho
do vento que passava, simplesmente
Isso também reluzia no interior do espelhoque paria outro mundo desenhado nele mesmo
Nenhum comentário:
Postar um comentário