lembro
bem do longo corredor
lembro
bem da força do escuro
da
leveza pesada das sombras
do
ardor e dos sopros
trouxe
comigo os trapos da infância
e
todas aquelas desnecessidades
para
plantar no vento dos olhos
outros
espelhos nos agoras de sempre
as
ausências no espelho gritam
no
vazio refletido antes da imaginação
a
morte é feita
de
tantos nascimentos
que
tem precisão de sangrar
para
se crer enquanto espasmo
dos
desmaios e das faltas de ar
dei
para soltar polens de intentos
nessa
espera das palavras
antes
mesmo dos silêncios
arrancando
com as unhas a pele do abismo
e protegendo
todos os meus umbrais
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