Depois de ir ao céu e voltar trinta e duas vezes
Tossi sete penas de anjo bêbadas de sangue e uma branca
Desci mais um pouco e me vesti de fogo
Inspirei novas fontes rubro-violeta-amareladas
Inventei mil e sete degraus plantados
Entre as tripas cozidas no ventre
Para subir e descer sem asas e sem chão
Perdi-me entre os cacos achados no corpo
Ontem me mandaram de volta à terra dos sonhos
Virgílio e Dante eu vi, mas longe demais
Para tocar-lhes os lábios e também Beatriz
No exílio sem porto, sem véu, sem inferno
Sem morada fixa construí um terraço
Acho que por isso, atrás da boca sinto assim
Como uma galinha de cabidela recheada de mim
Num mundo-moela misturando ao meu caldo
A fome de olhos alheios, peitos, risos e sobrecus
Temperados com sal, pimenta, coração, fígado e alho
E um pouco de cachaça
arrotando uma esperança
na tentativa de um poema
que junte sete penas bêbadas de sangue
e uma branca
3 comentários:
Amei!
Meu amor não gostei muito como tambem te add nos meus favoritos viu sempre que atualizar me avisa um longo chero
Vc deve ter ficado sem entender mais eu quiz duzer , não só gostei com tambem te add viu , eu adoro poessia, muito obrigado , um cherãooo Aivlis...
Ho!! gosto muito de vc tá
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