Para Carlos Drummond de Andrade
Do meu primeiro amor
não ressuscitei impune
Nove dias antes do aniversário
Ele me deixou seu mundo e nunca mais morreu
Saiu para comprar cigarros e nunca mais voltou
e “do maço
------------------_ vazio _ de cigarros, ficou um pouco”
Pouco mudou dos tempos que foram
Quando entre os brinquedos e o futuro
Ríamos e chorávamos juntos
“O amor não tem importância”
Disse-me certa vez um poeta
Por quem me apaixonei no berço
Pouco mudou dos tempos de antes
O canto nunca mais foi cego
E o espasmo
(longo demais para ser feliz)
Ainda incendeia as carnes
Tudo dói e todavia ouço suspiros mais altos
Do que os gritos que sempre me assombram
Sim, a minha boca verte cheiro de mato
Embebedo homens na rua
Amo dançar nua ainda e te traí umas vezes
As estrelas continuam marcadas na inocência do céu
Como cicatrizes, de verão a inverno, tirando uma ou outra
Pouco mudou dos tempos em nós. Tudo dói, mesmo as alegrias
Se o amor não mais queimasse, eu bem que desnascia e acho que era feliz
Ah! Aquela menina a quem ensinaste libertar o sonho poeta
Não costumou brincar de tempo, só de poesia
Ah, será que lembrarias do José?
Envelheceu também
Mas continua na mesma esquina
Naquela antiga encruzilhada
E do primeiro amor, do José, dos gritos, da gente
Ficou de tudo um pouco
--------entre os ratos e elegias das minhas alegrias
Do meu primeiro amor
não ressuscitei impune
Nove dias antes do aniversário
Ele me deixou seu mundo e nunca mais morreu
Saiu para comprar cigarros e nunca mais voltou
e “do maço
------------------_ vazio _ de cigarros, ficou um pouco”
Pouco mudou dos tempos que foram
Quando entre os brinquedos e o futuro
Ríamos e chorávamos juntos
“O amor não tem importância”
Disse-me certa vez um poeta
Por quem me apaixonei no berço
Pouco mudou dos tempos de antes
O canto nunca mais foi cego
E o espasmo
(longo demais para ser feliz)
Ainda incendeia as carnes
Tudo dói e todavia ouço suspiros mais altos
Do que os gritos que sempre me assombram
Sim, a minha boca verte cheiro de mato
Embebedo homens na rua
Amo dançar nua ainda e te traí umas vezes
As estrelas continuam marcadas na inocência do céu
Como cicatrizes, de verão a inverno, tirando uma ou outra
Pouco mudou dos tempos em nós. Tudo dói, mesmo as alegrias
Se o amor não mais queimasse, eu bem que desnascia e acho que era feliz
Ah! Aquela menina a quem ensinaste libertar o sonho poeta
Não costumou brincar de tempo, só de poesia
Ah, será que lembrarias do José?
Envelheceu também
Mas continua na mesma esquina
Naquela antiga encruzilhada
E do primeiro amor, do José, dos gritos, da gente
Ficou de tudo um pouco
--------entre os ratos e elegias das minhas alegrias
3 comentários:
Viva!!!
Viva o amor
Viva a poesia...
Amo, beijos
Tão feliz estou agora de passear pelo seu mundo, minha amiga. Se a saudade não pode ser abrandada pessoalmente, ao menos venho te visitar aqui. Te ler já é estar por perto!
Ah, e o meu canto é esse aí, o feitadefe, quando quiser, é só aparecer.
Beijos, minha linda!
meninha, tu é um poço de sensibilidade! eu penso que entendi alguma coisas dos teus poemas... mas sou um mamute encurralado na caverna, admirando uma pintura rupestre.
beijão!
PS: quando algum vizinho conhecido não oferecer flores mas te telefonar, isso é impulse! mhuahaha
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