Uma certa escultura
Queria recitar um poema amarelo
Parido de cometas soltos no espaço
Mas não tenho nada em mim de belo
Para ir além da fronteira dos lábios
Molhados, vermelhos e cegos
Como uma cerrada porta talhada
Em pau-brasil num dia de chuva
De cortes por mãos de escultor
Que de ingênuo e palhaço
Plantou na cara-carranca um sorriso
Brotado de uma cabeceira de lágrimas
Endurecida em pedra maciça
Onde repousa o meu epitáfio
Que descanse em paz o pobrezinho
Ah, Epitáfio, para seres eterno deverias
viver não mais que uma quadra!
Vai Epitáfio, a vida é curta, mas nem tanto
Um comentário:
Amiga, venho sempre aqui. Me deleito. Fico em paz. Nunca comento. Algumas palavras não devem ser analisadas, só sentidas.
Beijo!
Postar um comentário