(para o meu primo Rico, um beijo de adeus)
Uma morena tropicana passou
Como todos, intervalo
Levou no ventre um tesouro
Pariu no amanhã de outros céus
Tempos que não temos
Ao solo caíram seis véus
E logo se descobriram seus ouros
O menino não cabia no mundo
Com tudo o que ele viu
Era uma vez e ele
Partiu para o desconhecido
Disse adeus antes da aurora
Brotou o seu corpo no espaço
Onde a antiga hora nada era
Só o escuro, aquele breu
Esperando a sua luz
Não peço lágrimas para regar seu jardim
Ele já nasceu florido, frutando mais
Não quero gritos para entoar o seu canto
Seu silêncio é repleto de paz
Nem dores para lembrar o seu verso
O avesso da chegada não é a partida
É o começo de uma outra vida
2 comentários:
lindo!
A viagem foi legal. Voltando e matando as saudades. Está belíssimo o seu post. Obrigada pelo comentário.
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