quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Terremoto


Ontem amei um velho
Mastigando ausências

Gengivas desesperadas
Já sem garras

Regurgitava o alimento-sonho
Entranhas transbordando escombros

Como a terra em seu caminho

Os dentes perdidos entre os restos de vida
E os pés descalços em meu ventre
Por uma sombra de esperança

Hoje acordei morta e acesa
Como um grito no escuro

3 comentários:

Ana Braga disse...

Arrepio nas costas...

Anônimo disse...

Superbe.

Anônimo disse...

Tu e tudo de bom eita mangaio bem feito