Terremoto
Ontem amei um velho
Mastigando ausências
Gengivas desesperadas
Já sem garras
Regurgitava o alimento-sonho
Entranhas transbordando escombros
Como a terra em seu caminho
Os dentes perdidos entre os restos de vida
E os pés descalços em meu ventre
Por uma sombra de esperança
Hoje acordei morta e acesa
Como um grito no escuro
3 comentários:
Arrepio nas costas...
Superbe.
Tu e tudo de bom eita mangaio bem feito
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