(para Thales, hoje)
a
infinitude das margens
parindo
um milagre todo novo
abrindo
uma beleza inaugural
da
violência divina em meus olhos
vastidões
de transbordamentos
no
giro incansável do corpo
pele,
músculos, sangue, ossos
memórias,
pulsos e acasos
ajoelho,
rio e choro
por
tudo que amanhece aqui
entre
ocasos e esperas
na
voz de uma imagem sem antes
invocando
lonjuras amazônicas
de
águas doces em mim
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