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Porque meu pai não morreu na guerra
Fui feliz desde menina
Se com os idos caísse ferido
De um lado que não acredito
Ou sonhasse distinto
Só por ter partido...
Ou quem sabe o barro
Guardião das minhas unhas
Escorrendo pelos braços
-----------Como agora?
Protegida ao acaso
Não colhi seus ossos
A sangrar meus olhos
Com as tuas lágrimas
Entre ir ou ficar
São sempre tantas vidas
Meu quinhão para sorrir
E também para chorar
Porque meu pai não morreu na guerra
E fui feliz desde nascida
Porque meu pai não morreu na guerra
Fui feliz desde menina
Se com os idos caísse ferido
De um lado que não acredito
Ou sonhasse distinto
Só por ter partido...
Ou quem sabe o barro
Guardião das minhas unhas
Escorrendo pelos braços
-----------Como agora?
Protegida ao acaso
Não colhi seus ossos
A sangrar meus olhos
Com as tuas lágrimas
Entre ir ou ficar
São sempre tantas vidas
Meu quinhão para sorrir
E também para chorar
Porque meu pai não morreu na guerra
E fui feliz desde nascida
Um comentário:
Esta foi forte e dolorida, Silvinha...
Quantos massacres ocorrem todos os dias e a gente nem vê? Como os Sabra e Shatila? Ou dos ciganos em Esperantina? Ou os tantos produzidos pela guerra de tráficos??? Felizes de nós, que não temos que enterrar os ossos de nossos pais. Ou de nossos filhos...
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