o café hoje amargou-se um
tanto mais
e no labirinto azul das minhas mãos
uma monja atravessou em silêncio
nossos costumes e a minha língua
quanto mais o amargo corta
mais sinto a fé no milagre
de estarmos aqui, agora, todos
eu, você, o café, ainda, as palavras
e essa monja vestida de negro
a dançar entre os mortos
a mansidão travosa dos gostos
plantados no quintal do tempo
e no labirinto azul das minhas mãos
uma monja atravessou em silêncio
nossos costumes e a minha língua
quanto mais o amargo corta
mais sinto a fé no milagre
de estarmos aqui, agora, todos
eu, você, o café, ainda, as palavras
e essa monja vestida de negro
a dançar entre os mortos
a mansidão travosa dos gostos
plantados no quintal do tempo
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